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Situado no coração da movida de Amesterdão, o Hans-Brinker descreve-se pela negativa. Não tem ar condicionado, minibar, parque de estacionamento, serviço de quartos ou sauna... Estes são apenas cinco dos motivos pelos quais ele é considerado o Pior Hotel do Mundo.
Há outras tantas para estar sempre cheio: é barato (25 a 40 euros por pessoa), tem quartos de várias tipologias, limpos, com casas-de-banho e duches privativos, pequeno-almoço incluído, um bardiscoteca aberto até às três da manhã, e fica a cerca de cinco minutos da zona de maior animação nocturna da capital holandesa. A recepção encontra-se aberta 24 horas. Na cave, a zona mais underground do edifício, há acesso livre à internet e local para guardar a bagagem, sem custos. Ok, as camas podem ser pouco confortáveis, mas na zona lounge, junto ao restaurante, a comodidade será maior. Ideal para viciados, já que é permitido fumar em várias zonas do hotel.
Os hóspedes que por lá passam recordam a nem sempre linear simpatia dos empregados e a facilidade com que se conhecem outros turistas naquele espaço - quer dividindo quartos ou frequentando as zonas comuns.
A (má) fama do hotel vem de longe, vai para 15 anos. Para não deixar passar em branco o sucesso de ser tão mau - ou mesmo o pior - foi agora editado o livro The Worst Hotel in the World. Quase 300 páginas, contendo entrevistas, factos e fotografias, servidas a cru, onde se mostra toda a verdade deste curioso hotel.
Com tanta procura (fazer uma marcação para o Hans-Brinker é quase impossível), ao mínimo atraso, a reserva pode ir à vida. Há que avisar quando não se consegue lá chegar antes do meio-dia. A todos os que lá ficam promete-se uma estada sincera (quem arrisca a lá ficar sabe ao que vai), mas acima de tudo divertida.
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