Rally espanhol tem um participante cego
Se já foi a um jogo de futebol sabe que é frequente ouvir nos altifalantes do estádio um apelo para que o proprietário de um carro com a matricula tal e tal se apresente junta à porta tal e tal. Agora imagine que o proprietário do automóvel não é nenhum dos adeptos presentes nas bancadas, mas sim o árbitro que está no centro do relvado a dirigir o jogo. Aconteceu em Espanha e o juiz correspondeu à chamada, interrompendo o desafio.Emilio Fernandez tem contas a ajustar com a vida. Este espanhol de 44 anos ficou completamente cego há duas décadas, mas não perdeu o rasto à paixão de menino: os automóveis. Por isso, decidiu deixar o medo em casa e lançou-se a um desafio pleno de adrenalina: entrar no Rally de Ourense. Este invisual é co-piloto de Jose Antonio Fernandez e aproveitou a evolução tecnológica no desporto automóvel para ultrapassar obstáculos outrora considerados intransponíveis. O road book de Emilio está escrito em braille e possui conteúdos sonoros. Assim, com o cinto de segurança bem apertado, este co-piloto tão especial comunica com uma precisão fantástica todas as indicações necessárias ao companheiro de automóvel.
A experiência tem corrido tão bem que Emílio e Jose Antonio já procuram patrocinadores para entrarem no Campeonato Nacional de Espanha. Se tal suceder, Emílio Fernandez terá mais alguns episódios para rechear a sua vida tão rica.
Para todos aqueles que usam e abusam da palavra «azar», talvez valha a pena pensar no que o destino reservou a Emílio. Aos 19 anos, ficou cego de um olho depois de ter sido agredido numa discoteca; aos 26, foi atingido por um foco quando assistia a uma exposição. Perdeu a visão por completo, até hoje.
Árbitro assaltado interrompeu jogo
Se já foi a um jogo de futebol sabe que é frequente ouvir nos altifalantes do estádio um apelo para que o proprietário de um carro com a matricula tal e tal se apresente junta à porta tal e tal. Agora imagine que o proprietário do automóvel não é nenhum dos adeptos presentes nas bancadas, mas sim o árbitro que está no centro do relvado a dirigir o jogo. Aconteceu em Espanha e o juiz correspondeu à chamada, interrompendo o desafio. Foi este domingo no decorrer de um jogo entre duas equipas de Múrcia, o Jumilla e o Puente Tocinos, da terceira divisão, e o árbitro em causa era Madrigal Soria. Estávamos no minuto dezoito da segunda parte quando, segundo contaram testemunhas locais ao jornal «Marca», o juiz, ao aperceber-se que a matrícula mencionada nos altifalantes correspondia à do seu caro, interrompeu o jogo e abandonou o relvado.A interrupção durou pouco mais de cinco minutos, o tempo que o árbitro necessitou para se aproximar dos agentes de autoridade e saber o que se passava. A polícia informou Madrigal Soria que o seu carro tinha sido objecto de roubo depois de lhe terem partido uma das janelas. O árbitro dirigiu-se então aos balneários para entregar a chaves do seu automóvel a um dos dirigentes do Jumuilla e regressou ao relvado para retomar o jogo.
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